19 mar
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Sociedade II – Abrindo a caixa preta

Apesar das possíveis dificuldades, fazer parte de uma sociedade ainda pode ser uma decisão vantajosa, dependendo do modelo de negócio adotado e das circunstâncias. Caso esta seja a melhor opção, há algumas maneiras de se precaver e de fazer o prognóstico da saúde da empresa.

Se você for o candidato a sócio, não hesite: seja de uma franqueza irritante com seu futuro sócio. Afinal, se houver grandes problemas, é melhor que ele se torne um futuro-ex-sócio agora. Deixe bem claro o que você tolera e, principalmente, o que não tolera no dia-a-dia de uma relação profissional. Demonstre claramente suas forças e suas fraquezas e pergunte quais são as dele. Todo ser humano detesta ser surpreendido negativamente e ter suas expectativas frustradas.

O termo due-diligence é frequentemente usado nas operações de fusões e aquisições de grandes empresas, mas pode ser aplicado para negócios de qualquer porte. É como se fosse uma auditoria: você precisa pesquisar a vida da empresa e do seu sócio para  tentar descobrir se ambos têm dívidas que possam comprometer também a você, por tabela. Recomendo consultar um  advogado ou contador de confiança para esta tarefa. Se grandes bancos e grandes empresas utilizam-se destes serviços, é bom não tentar fazer tudo sozinho… Peça relatórios internos sobre o faturamento, as despesas, os planos de investimentos e tudo o mais. Enfim, saiba da história e dos projetos futuros.

Governança, no mundo dos negócios, significa que se deve combinar detalhadamente com o futuro sócio como será a gestão do negócio após a sua entrada. Quem aprova as despesas, quem tem poder para tomar dívidas, como se discute os resultados mensais da empresa, como e com qual frequência os sócios podem fazer retiradas, etc, etc. A lista pode ser longa, mas esses detalhes certamente farão a diferença na hora de gerir a empresa.

Faça as contas com minúcia; não coloque toda sua poupança num negócio desconhecido. Há sempre o risco de perder considerável parte dela se as coisas não funcionarem direito. Em tempo: é muito difícil recuperar o dinheiro perdido no curto-prazo.

O lado bom de se entrar num negócio que já existe e que vai (aparentemente) bem é que o risco inicial foi bancado por outra pessoa e que as imensas barreiras iniciais foram superadas. Firmada a sociedade, é hora de trabalhar duro e, claro, contar com a ajudinha da sorte – sócia natural de qualquer negócio.

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